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Segundo o The Hollywood Reporter, aconteceu na China, neste último mês, o Asian Youth Animation and Comics Contest, evento com o propósito de copiar o sucesso do Japão na exportação de anime. Em outras palavras, a China quer ser como (ou melhor) que o Japão nesse mercado, algo que está longe de acontecer.

Como parte dos esforços neste investimento, o Ministério da Cultura chinês tem aprovado inúmeros eventos voltados ao gênero, como competições e produções envolvendo desenhos animados, que possuem a probabilidade de serem exportados para os Estados Unidos. Desde 2007, o evento em questão se destaca na cidade de Guiyang, a qual este ano recebeu juristas, palestrantes, debatedores e demais participantes (com destaque para Mark Walsh, diretor da Pixar Animation Studios) de mais de 26 países, incluindo os Estados Unidos.

Na cerimônia de abertura, o diretor do Departamento de Cultura e Indústria, Gao Zheng, disse que a animação é sim uma parte fundamental do mercado chinês, além de ser um dos elementos mais importantes para o desenvolvimento da cultura social. Os convidados ao AYACC deste ano, falaram com o público a respeito das produções animadas, e tiveram a função de inspirar os jovens, faixa etária a qual é o foco da conferência.

Segundo Liuyi Wang, secretário-geral do evento, há a possibilidade de a animação chinesa se tornar tão grande quanto às produções japonesas, que é uma indústria multimilionária, e atualmente move vários setores do mercado, como o DVD e Blu-Ray.

"Em primeiro lugar, a China tem um mercado enorme e potente para produzir e comercializar animações. Além disso, a nova indústria tem como alvo o mercado internacional, não apenas o mercado doméstico. Os Estados Unidos e a China criaram negócios muito fortes em relações comerciais. Agora chegou a vez da China fornecer produtos de sua cultura, principalmente de animação", diz Wang, revelando ainda que vai demorar algum tempo para que o país desenvolva os novos projetos.

Além de animes e desenhos, a China deseja expandir seu mercado também na linha de mangás e graphic novels, que terão um suporte em aparelhos de comunicação, como o IPad e IPhone, com a promessa de mudar a forma tradicional da leitura, e consequentemente aumentar seus portadores e trazer lucros ao país